27/06/2010

25 de Junho: Hino à liberdade de um Povo, vénia aos obreiros da nossa nacionalidade e referência-maior para os construtores da Pátria Amada

Reiteramos as nossas calorosas boas-vindas aos Senhores Chefes de Estado e de Governo e a nossa expressão de gratidão por terem aceite partilhar connosco estes momentos de festa e de celebração. Fazemos votos para que todos os nossos distintos convidados se sintam entre amigos e em terra amiga.

Saudamos os nossos compatriotas pela sua participação nesta celebração e naquelas que se realizam noutros cantos da nossa Pátria Amada e no estrangeiro.
Testemunhamos há pouco, a chegada, a esta Praça da Independência, da Chama da Unidade depois de mais de 70 dias de viagem por todos os distritos do nosso belo Moçambique, do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbo. Nas longas horas de espera pela sua chegada e nas longas filas que se formaram para a contemplar e a tocar, geraram-se, entre os nossos compatriotas, emoções e momentos de alegria expressiva.

Nas suas palavras, nos seus gestos e nas suas expressões faciais, os nossos compatriotas reafirmavam o seu orgulho de serem moçambicanos. Em cada sorriso, em cada gesto espontâneo e em cada manifestação contagiante, gerados pelo contacto com a Chama da Unidade, revelava-se como dentro de cada um de nós há uma chama ardente de auto-estima, de moçambicanidade e patriotismo. De forma espontânea e entusiástica os nossos compatriotas viam a Chama da Unidade a iluminar a certeza de um futuro melhor, livre da pobreza.
A passagem da Chama da Unidade relevou, uma vez mais, como a Unidade Nacional, essa força magnética que nos estrutura como um Povo e como uma Nação, mais do que algo que temos, é aquilo que somos, é o que define a nossa essência. Ela, a Chama da Unidade, também nos recorda como o Presidente Eduardo Chivambo Mondlane arquitectou a Unidade Nacional para ela, a Unidade Nacional, nos arquitectar como um Povo.

Compatriotas
Há 35 anos, decorreu no Estádio da Machava, aqui perto, no Vale do Infulene, um acto cuja importância, grandeza e significado históricos serão irrepetíveis para sempre: a proclamação da nossa Independência Nacional. Recordamo-nos hoje, com emoção, das palavras proferidas nesse inesquecível dia pelo saudoso Presidente Samora Moisés Machel, dirigidas a todos nós, seus compatriotas, e ao Mundo, através das quais proclamava “a independência total e completa de Moçambique”. Ao ouvirmos estas palavras de novo:
v Visualizamos a nossa bandeira multicolor a ser içada:
o   à cadência do nosso Hino Nacional;
o   ao ritmo dos nossos anseios; e
o   à medida da nossa confiança num futuro melhor.
v Ao ouvirmos aquelas palavras, sentimos o nó de emoção fechando-se em volta de tudo quanto nos faz sentir moçambicanas e moçambicanos, unidos no sentimento de ter uma missão e de estar a cumpri-la, com responsabilidade, criatividade e patriotismo.
v Ao ouvirmos, de novo, estas palavras do Presidente Samora Machel, revivemos:
o   a pujança da dignidade;
o   a energia da perseverança;
o   a firmeza de objectivos; e
o   a determinação na nossa acção.

Todos nós sentimos tudo de quanto empolgante foi evocado pelas palavras que anunciaram a nossa independência. Invadiu-nos esse sentimento porque a nossa independência foi apenas o culminar dum processo histórico longo que começou a germinar em nós no preciso momento em que contra a nossa vontade fomos transformados em objectos da vontade dos outros. Germinou nesse momento, a consciência de liberdade de todos nós e Mueda, cujo quinquagésimo aniversário celebramos há uma semana, é um desses símbolos do transbordar dessa consciência de liberdade.

Compatriotas.
A consciência de liberdade que foi responsável pela nossa emoção, ao ouvirmos evocada a frase memorável da proclamação da nossa Independência Nacional, fechara-se em punho, a Unidade Nacional, a 25 de Junho de 1962, um punho que a 25 de Setembro de 1964 partiu em direcção ao nosso inimigo comum. Recordamo-nos da voz do saudoso Presidente Eduardo Chivambo Mondlane, o Arquitecto da Unidade Nacional, quando proclamou “a insurreição geral armada do Povo Moçambicano contra o colonialismo português, para a conquista da independência total e completa de Moçambique. [...]
O nosso combate não cessará senão com a liquidação total e completa do colonialismo português.
Em 25 de Junho de 1975 colhemos os frutos desse punho cerrado, provando com a nossa bandeira, flutuando naquela noite fresca de Junho, que um Povo determinado e disposto a fazer o sacrifício final pela liberdade, dignidade e emancipação jamais será vencido.

Moçambicanas e moçambicanos;
Caros convidados.
O dia 25 de Junho de 1975 é um hino ao nosso maravilhoso Povo, uma vénia aos obreiros da nossa nacionalidade e uma referência de peso para os construtores da Pátria Amada. Hoje orgulhamo-nos da nossa moçambicanidade, da nossa rica História e feitos e de ser um Povo sem tutela, um Povo dono do seu próprio destino.
Apraz-nos notar que ao longo destes 35 anos temos sabido responder à consciência de liberdade que:
v a nossa subjugação colonial despertou;
v a nossa auto-estima configurou; e
v a nossa bravura e perseverança tornaram realidade.

Temos estado a demonstrar a nós mesmos e ao mundo que estamos à altura dos desafios que a liberdade nos coloca.
Congratulamo-nos com os resultados desse nosso empenho e desempenho. Vamos dar alguns exemplos:
v Os órgãos e instituições da nossa Pátria Amada são dirigidos por moçambicanos.
v No exercício da liberdade duramente conquistada, o nosso maravilhoso Povo reúne-se com os seus dirigentes para, num diálogo interactivo, avaliarem os resultados e os desafios da construção do Estado e da governação e buscar, conjuntamente, soluções para os constrangimentos do presente e do futuro. No passado, eram pessoas e instituições estranhas ao nosso Povo que decidiam sobre o nosso futuro e sobre o destino dos nossos recursos.
v Os moçambicanos podem hoje apresentar queixas, petições e reclamações, uma outra conquista da nossa Independência Nacional. São conhecidas as respostas violentas e sangrentas com que foram recebidas essas formulações, no tempo colonial, pelos nossos irmãos nas aldeias, nas associações, nas cooperativas, nas plantações, nos portos e nos serviços públicos.
v Depois de um processo de reconciliação exemplar, estamos a consolidar a paz e a Unidade Nacional, com orgulho de estarmos a construir o nosso destino comum.
v Graças à Unidade Nacional, o moçambicano passou a poder circular livremente pelo nosso solo pátrio, com liberdade de fixar residência e exercer as suas actividades em qualquer espaço da Nação Moçambicana, no campo ou na cidade. 

Compatriotas,
v Queremos saudar e elogiar o papel que as nossas Forças de Defesa e Segurança, nomeadamente as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, a Polícia da República de Moçambique e o Serviço de Informações e Segurança do Estado, têm desempenhado ao longo destes 35 anos.
o   No cultivo do patriotismo, da Unidade Nacional, da moçambicanidade, da cultura e do amor pelo nosso maravilhoso Povo;
o   Na defesa da independência nacional, preservação da soberania e da integridade territorial; bem como
o   Na manutenção da lei, ordem e tranquilidade públicas; e
o   Na participação exitosa e exemplar em missões de Paz da União Africana e das Nações Unidas.
Em reconhecimento destes feitos e glórias, que a todos nós orgulham, tomámos a decisão de galardoar, em breve, as nossas Forças de Defesa e Segurança com a Medalha Eduardo Mondlane do Primeiro Grau.

Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Graças à Independência Nacional, as nossas artes e cultura ganharam, através de toda uma plêiade de criadores, uma força tentacular na arena nacional e internacional. Para nosso orgulho, temos obras, expressões e criações artísticas e culturais que enriquecem a Humanidade inteira. Os prémios que são ganhos pelos nossos artistas, escritores e outros homens e mulheres da cultura, a nível nacional e internacional, sublinham a excelência que a criatividade moçambicana alcançou. Como moçambicanos, congratulamo-nos por ter duas das nossas expressões culturais, o Nyau e a Timbila, reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, UNESCO, como “Obra Prima do Património Oral e Imaterial da Humanidade”. São expressões culturais que dão uma valiosa contribuição na configuração da nossa identidade e destacam a riqueza e a vitalidade das nossas artes e cultura. Como muitas outras expressões, do nosso vasto património, elas têm o condão de agregar e exibir, em simultâneo, diversas formas de criação que o nosso génio é capaz, nas artes cénicas, literárias e visuais, só para dar alguns exemplos, e a nossa capacidade de as transmitir às novas gerações. Apresentam-se, igualmente como fontes da nossa auto-estima, o orgulho de ser moçambicano.

Ao longo destes 35 anos, caros compatriotas, várias instituições nasceram, cresceram e afirmaram-se com a nossa Independência Nacional, promovendo a nossa cultura e identidade, no País e no estrangeiro.
Apraz-nos, sublinhar que somos detentores de um património histórico que documenta a interacção de moçambicanos com diferentes povos e nações, ao longo de séculos.

Tendo em atenção o papel que estas instituições e locais históricos desempenham no nosso devir como Nação, queremos anunciar a decisão de galardoar, em breve, com a Ordem Eduardo Mondlane do Primeiro Grau:
o   A Ilha de Moçambique que já foi declarada pela UNESCO, Património Mundial da Humanidade; e
o   A Companhia Nacional de Canto e Dança, a Embaixadora das nossas artes e cultura.

Compatriotas
Há outras realizações, destes 35 anos, que gostaríamos de destacar. Estaremos recordados que antes da Independência Nacional muitos moçambicanos morreram sem terem visto ou frequentado uma escola. Hoje os nossos filhos não só têm a escola, primária, secundária ou pré-universitária, mais perto de si, como também têm a liberdade de escolha de uma outra, num outro espaço do território nacional. De uma única universidade em 1975 passamos para 38 instituições de ensino superior, em 35 anos. Em todos estes níveis de ensino, os nossos compatriotas, em liberdade e aos milhares, dos professores por nós formados:
o   aprendem matéria sobre o colonialismo como parte dos factos de um passado irreversível, e não do seu dia-a-dia; e
o   preparam-se para, de forma cada vez mais eficiente,
lutarem contra a pobreza, no campo e nas zonas urbanas.
v À altura da nossa Independência Nacional contavam-se com os dedos da mão, de um único indivíduo, o número de moçambicanos com formação superior.
Hoje, precisamos das mãos de vários milhares de indivíduos para contarmos o número de moçambicanos com formação universitária.
v No tempo colonial, era comum fazer-se referência na imprensa à graduação, em ensino superior, de um moçambicano. Hoje, muitos dos nossos compatriotas têm dificuldades de decidir em qual das cerimónias e em que instituição ou com que família partilhar o sucesso do seu graduado.
Estes graduados têm estado a juntar-se aos outros moçambicanos na luta contra a pobreza e destacam-se em instituições regionais e internacionais, honrando esta Pátria de Heróis;
v Antes da nossa independência nacional, ter acesso a uma parteira ou enfermeiro era luxo. Hoje, graças ao nosso empenho, milhares de moçambicanos têm acesso a unidades sanitárias por nós construídas e a pessoal de saúde por nós formado. Vamos continuar a construir mais unidades sanitárias, cada vez mais perto do cidadão, e a alocar mais médicos e outro pessoal de saúde.
v No tempo colonial era impensável falar de empresário moçambicano. Hoje, neste nosso belo Moçambique, no campo e na cidade, encontramos homens e mulheres a gerarem renda, a empregarem os seus compatriotas e a aderirem ao nosso programa Made in Mozambique.
v No passado, o acesso ao telefone fixo era privilégio de poucos e mesmo esses tinham, por muitas vezes, que gritar para se fazerem ouvir. Hoje, o telefone, fixo e celular, bem como outras tecnologias de informação e comunicação são acessíveis a milhares de moçambicanos, facilitando a comunicação e a transferência de dados, em comodidade e em tempo real.
v Antes da nossa Independência Nacional o moçambicano mal poderia pensar na transição para a energia eléctrica, saindo do xiphefu, a lamparina feita a partir da reciclagem de embalagens de vidro ou de lata, com retalho de tecido ou pedaço de algodão a servir de torcida e que deita muito fumo. Se com energia sonhasse era apenas para tê-la como luz. Hoje, graças à expansão da rede de energia eléctrica, muitos moçambicanos, um crescente número de postos administrativos e localidades, unidades sociais e económicas, têm na energia não só uma fonte de luz como também um aliado na luta contra a pobreza.
A expansão e a abrangência de mais moçambicanos por estes serviços vai continuar.
v A nossa imprensa merece destaque pelo seu crescimento, ao longo deste 35 anos, quer em quantidade, quer em qualidade quer ainda em extensão pelo território nacional e capacidade de projectar Moçambique, em Moçambique e no exterior.
v Na altura da nossa Independência Nacional a região da África Austral era um bastião da discriminação racial, pontificada pelo Apartheid, na África do Sul e Namíbia, e pelo regime racista da Rodésia do Sul. Hoje, com a nossa contribuição, a África Austral é uma zona livre, onde, em paz, se consolida o projecto da Comunidade dos Países da África Austral (SADC), um dos pilares da integração continental.
v Com a proclamação da Independência Nacional tornamo-nos membros de pleno direito da comunidade Internacional onde a nossa contribuição para a paz, segurança e desenvolvimento internacionais têm sido objecto de apreço. 

Moçambicanas, moçambicanos;
Distintos convidados.
Demos importantes passos na valorização da nossa liberdade e independência. Vários e complexos desafios ainda se colocam na nossa caminhada. A pobreza continua a flagelar-nos em diversas áreas. Reconhecidamente, estar à altura dos desafios da liberdade e independência não consiste na eliminação imediata de todas as manifestações deste flagelo chamado pobreza. Estar à altura dos desafios da liberdade e independência é ter consciência de que nos podemos libertar da pobreza mental para acreditarmos que o nosso sonho está e vai continuar a realizar-se. O fim da pobreza, antes de ser o que vemos, começa por ser aquilo que visualizamos na mente.
Passa por acreditarmos que o que visualizamos na mente pode passar para a realidade. A nossa auto-estima é fundamental nesta mudança de atitude.
Por isso, este é um momento histórico nesta Pátria de Heróis. Este é o momento da viragem, uma viragem de atitude na luta contra a pobreza, uma viragem para a qual a Geração do 25 de Setembro, a Geração do 8 de Março e a juventude de hoje, em suma, todos nós, moçambicanos, somos chamados a participar.
Foi assim no momento histórico da Luta de Libertação Nacional. Foi assim, no momento histórico em que o desafio era manter a actividade económica e social, dinamizar a formação de quadros, resgatar a paz e promover a reconciliação nacional. Em cada um destes momentos históricos os jovens não foram apenas a maioria, como tiveram um papel de grande relevo e preponderância.
Hoje, uma vez mais, cada um de nós é convidado a assumir-se como exemplo nesta mudança de atitude e tudo fazer para resgatar a nossa Pátria Amada do manto da pobreza. É um ideal que nos galvaniza, porque nutrimos ódio pela pobreza e cada um de nós, à sua maneira, mobiliza as suas energias para a combater. Na Geração da Viragem, como nas Gerações dos momentos históricos precedentes, os jovens, que constituem a faixa etária maioritária da população moçambicana, de, novo, devem assumir um papel de grande visibilidade e impacto, facto que deixaram expresso na sua mensagem e no desfile. Nesta nova epopeia libertária, os nossos jovens, e todos nós moçambicanos, devemos despertar para o nosso génio empreendedor e ganhador, um génio que habita na nossa mente. A Geração da Viragem inspira-se nos valores e princípios que enformam o nosso maravilhoso Povo e, por isso, recusa a resignação perante os desafios históricos da Nação e contra eles se organiza e luta até à vitória final.
Reafirmamos, caros compatriotas, que a nobreza e a grandeza do nosso sonho de 25 de Junho de 1962 são demasiados sublimes para que encaremos como nossa meta final a eliminação da pobreza absoluta ou das diferentes manifestações da pobreza. A nossa missão encara estes fenómenos como obstáculos a transpor para depois continuarmos a nossa caminhada rumo à prosperidade e bem-estar. Reiteramos, assim, que nesta Pátria de Heróis, nós os moçambicanos, seremos os heróis da nossa própria libertação da pobreza, rumo à conquista do nosso bem-estar. Somos, caros compatriotas, “milhões de braços, uma só força”, por isso, “ó Pátria Amada vamos vencer!”
v Trigésimo quinto aniversário hoye!
v Povo Moçambicano unido do Rovuma ao Maputo hoye!
v Unidade Nacional Hoye!
Muito obrigado pela vossa atenção. 

4 comentários:

  1. Estamos a andar a passo de caracol!!! 35 anos sem guerra dava para muito mais, muito mais Sr. Presidente. Mas a esperança é a última a morrer e eu ACREDITO.......!

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  2. Saudo-lhe Presidente Guebuza pelo trabalho que vem realizando e pelo esforço em mostrar que é possível combater a pobreza em Moçambique.

    Agradeço porque muitos compatriotas nossos até eu já acredito que para passar este flagelo ao passado, trabalho é o ponto de partida.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. senhor Presidente, é com muita tristeza que vejo que o seu blogue tem andado desactualizado e com comentários antigos o que mostra pouco interesse dos que deviam visita-lo uma vez que ele é e deveria ser um elo de ligação entre si e nos que possuimos poucos meios possiveis que nos possibilitem interagir consigo senhor presidente.

    tecer elogios,.... se calhar não coubesse neste espaço de tão pequeno que é, mas contudo o espaco é suficiente para desabafar aquilo que constitui a maior tristeza dos moradores do bairro de Malhampsene no geral e em particular os que vivem nos arredores da lixeira que foi autorizada pelo conselho municipal numa zona residencial, e que o proprio conselho municipal perdeu o controlo.

    não vou me debruçar muito a volta deste assunto uma vez que não é a primeira vez que o retrato neste espaço, apenas dizer que a população de Malhampsene clama, chora e roga para que o encerramento da lixeira que nunca devia ter existido naquele local seja uma realidade, temos a consciencia de que só com uma ordem sua isso pode ser possivel uma vez que ja batemos em todas portas e nenhuma se abriu.

    08/02/11 19:51

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