Comunicação do Camarada Armando Emílio Guebuza, Presidente e Candidato Presidencial da FRELIMO, por ocasião do encerramento da Campanha Eleitoral para as eleições Presidenciais, Parlamentares e para as Assembleias Provinciais
Nampula, 25 de Outubro de 2009
Povo Moçambicano Unido do Rovuma ao Maputo Hoye!
População de Nampula Hoye!
Cidade de Nampula Hoye!
Muito boa tarde Nampula. Nampula sabe fazer maravilhas: transformar uma cidade inteira em palco granjeia admiração de todos nós. Estou muito satisfeito por estar aqui convosco, população e munícipes de Nampula, para esta grande festa que começou no aeroporto e foi arrastando mais participantes ao longo das vias que usamos até esta magnifica sala de reuniões. Não satisfeito em estarem sós nesta festa, convidaram outros distritos. Não temos palavras para descrever este carinho, esta hospitalidade de Nampula, esta forma calorosa do moçambicano de bem acolher quem lhe visita.
Se pudessem estar onde eu estou ficariam com a mesma impressão que tenho. Parece que toda a cidade e província de Nampula acorreram a esta festa! Vejo muitas crianças, muitos jovens e mesmo muitos idosos, vejo muitos homens e muitas mulheres todos vestidos para este convívio e muito felizes por estarem nesta festa que é a festa do nosso Povo. Muito obrigado Nampula por estes momentos de muita música, dança, cor, emoção e convívio.
Meus concidadãos
Como é do vosso conhecimento, a campanha eleitoral rumo às eleições do próximo dia 28 de Outubro está prestes a chegar ao fim. Apraz-nos notar, e isto enche-nos de orgulho, que, do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbo, esta foi uma festa prolongada, um momento de convivência entre moçambicanos de diferentes regiões, em diferentes regiões do nosso belo Moçambique. Foi uma campanha em que os que poderiam ter intenções de provocar distúrbios, intimidar ou cometer actos de vandalismo e violência, não encontraram nem espaço nem encorajamento.
- Foram identificados;
- Isolados; e
- frustrados nesses seus intentos de quererem perturbar a ordem pública e desacreditar a nossa campanha eleitoral.
Por isso, como pudemos todos testemunhar, esta campanha eleitoral saldou-se exemplar como as anteriores.
Neste exercício de aprofundamento da democracia multipartidária, demonstramos, uma vez mais, que para nós moçambicanos, o princípio de que a única alternativa à paz é a própria paz é um princípio que nos é sagrado.
Muito obrigado Povo Moçambicano por esta grande lição de cultura de paz e de convivência democrática. Muito obrigado, caros compatriotas, por estes ensinamentos que devem orgulhar qualquer filho desta bela Pátria de Heróis.
Moçambicanas;
Moçambicanos;
Compatriotas.
Durante estes 43 dias, a nossa mensagem de que a luta contra a pobreza
deve continuar no centro das atenções de todas as moçambicanas e de todos os moçambicanos foi disseminada por compatriotas que se voluntariaram para dar o seu tempo, o seu saber e capacidade. São homens e mulheres que demonstraram que a nossa campanha era, sobretudo, a campanha de todo o nosso Povo, um Povo que sabe para onde quer ir e que também sabe qual é o veículo que lhe permitirá fazer essa viagem e lá chegar em segurança. Por isso, por todo o nosso solo pátrio foram divulgando essa mensagem:
- A pé, de bicicleta, de motorizada ou de carro;
- De dia ou de noite;
- Fazendo bom tempo, sol, ventania ou debaixo da chuva;
- Em comícios, nas lareiras, nas campanhas inter-pessoais, nas campanhas porta-a-porta;
- Nos mercados e em desfiles;
- Através das centenas de inéditas canções, de obras literárias e de arte, de chapéus, gravatas, túnicas, camisas, calças, vestidos e outras peças de vestuário feitos, a custo próprio, a partir dos nossos cartazes, capulanas e lenços;
- Através do material de campanha colocado como objectos adicionais de adorno e de beleza ou colado nas suas residências, bicicletas, carroças, motorizadas, viaturas, cavalos e em muitos outros tipos de meios de transporte;
Através destes processos todos, a nossa mensagem foi assim difundida e muitos mais compatriotas nossos também passaram a melhor entendê-la e com ela a simpatizarem-se. Mais importante ainda, essas nossas irmãs e irmãos passaram a tomar parte activa na sua divulgação junto de muitos mais compatriotas nossos, no país e no estrangeiro.
Muito obrigado, caros compatriotas pela aderência e pela forma criativa e dinâmica como contribuíram para a disseminação da nossa mensagem.
Compatriotas,
Nós também participamos nesse processo de divulgação dessa mensagem. Na nossa campanha pelo nosso belo Moçambique escalamos:
- As 10 Províncias e a Cidade de Maputo;
- 58 distritos;
- 6 distritos municipais da Cidade de Maputo;
- 25 Postos administrativos;
- 8 Localidades; e
- Realizamos 79 comícios populares.
Em todos estes encontros e espaços geográficos da nossa Pátria Amada, como voltou a acontecer hoje aqui em Nampula, fomos acolhidos com muito carinho, simpatia e por claras expressões de confiança na divisa que nos foi atribuída por este povo muito especial, o maravilhoso Povo Moçambicano. Esta divisa proclama que “quando a FRELIMO promete cumpre”.
Queremos pois, neste último dia de campanha, e através da população desta lendária e sempre em crescimento cidade de Nampula:
- Saudar:
- os líderes comunitários;
- os líderes religiosos;
- os membros dos conselhos consultivos;
- os agentes económicos; e
- outros influentes e os membros e dirigentes de outras organizações da sociedade civil;
- as mulheres e os jovens
- pelo seu papel na promoção de uma campanha eleitoral pacífica, ordeira e festiva;
- Queremos também agradecer as orações, que mesmo neste showmício foram proferidas, e as cerimónias tradicionais de evocação dos espíritos dos nossos antepassados para que Moçambique continue a trilhar o caminho da Paz, da Unidade Nacional e do Desenvolvimento;
- Queremos saudar ainda:
- os músicos;
- os humoristas;
- os escritores;
- os actores de teatro; e
- todos os grupos culturais e outros intérpretes do nosso vasto e rico património cultural pela sua criação artística disseminadora da nossa mensagem.
Na verdade, em cada local que escalamos, entrávamos em contacto com novas criações do talento moçambicano, criações de exaltação da FRELIMO como o partido de realizações, destacando o Povo Moçambicano como principal obreiro e beneficiário dessas realizações;
- Endereçamos igualmente as nossas saudações aos profissionais da comunicação social pelo seu papel na consolidação da cidadania e na promoção dos valores democráticos, da harmonia social e da cultura de paz;
- Saudamos os académicos e os pesquisadores pela promoção e participação em debates e análises que contribuem para o crescimento do sentido de cidadania, de pátria e para o aprofundamento da cultura de paz na Nação Moçambicana;
- Endereçamos as nossas saudações aos jovens da Geração da Viragem que se assumiram como tal e fizeram desta campanha a sua campanha para se manterem no poder como herdeiros dos valores e das conquistas da Geração do 25 de Setembro e da Geração do 8 de Março;
- Queremos, no mesmo contexto, saudar a mulher moçambicana, sempre na linha da frente da mobilização e enquadramento de mulheres, jovens e outros segmentos da nossa sociedade para uma activa participação na nossa festiva campanha;
- Estendemos as nossas saudações aos profissionais de diferentes áreas de intervenção humana pela sua contínua contribuição para o crescimento social e económico desta Pérola Índico, mesmo durante estes 43 dias de campanha;
- Saudamos ainda os nossos concidadãos portadores de deficiência que ao longo desta campanha que hoje termina demonstraram o alto sentido de auto-estima que caracteriza o moçambicano;
- Dirigimos uma saudação particular aos desmobilizados de guerra pelas suas expressões de apoio a nossa mensagem e pelo seu compromisso de connosco continuarem a trabalhar para a resolução dos problemas que ainda lhes afectam;
- Queremos saudar ainda a todos aqueles que acorreram aos nossos comícios, nalguns casos tendo que chegar no dia anterior, dadas as longas distâncias que tinham que percorrer para tomar parte nessa festa que consideravam-na sua própria festa e que, por isso, se sentiam responsáveis pelo seu sucesso. Sobretudo, percorriam estas longas distâncias para, com os outros compatriotas, exprimirem a sua satisfação com o impacto positivo das nossas realizações sobre as suas vidas e para reiterar que só com a FRELIMO e o seu Candidato podem realizar os seus projectos individuais no âmbito da sua luta contra a pobreza;
- Finalmente, vai também uma palavra de gratidão e apreço às forças de defesa e segurança pelo seu papel na manutenção da lei, ordem e segurança públicas.
Muito obrigado caros compatriotas por estas lições de patriotismo e de compromisso com a Unidade Nacional, a Paz e o desenvolvimento da nossa Pátria Amada.
Compatriotas,
Na nossa campanha eleitoral de 2004, sublinhamos que, como um Povo, tínhamos duas alternativas. A primeira, era resignarmo-nos perante a pobreza e fazer da dolorosa prática de mão estendida nosso modo de vida até sermos devorados por este flagelo.
A segunda alternativa, mais difícil e exigente, era usarmos a nossa inteligência e a nossa capacidade de fazer coisas com as nossas próprias mãos para lutar e, de golpe em golpe, irmos vencendo a pobreza e as suas múltiplas manifestações.
No nosso discurso eleitoral comprometemo-nos a, caso fossemos eleitos, liderar os moçambicanos para o resgate da nossa auto-estima, como um Povo, para lutarmos contra este flagelo e os obstáculos ao nosso desenvolvimento, de entre eles, o burocrastismo, o espírito de deixa andar, a corrupção, o crime e as doenças endémicas.
- Para nós um povo que se uniu para pegar em armas para lutar e conquistar a sua independência nacional; e
- Que se uniu para resgatar a paz e lançar-se num processo de reconciliação nacional, é um povo muito especial que não merece o flagelo da pobreza.
Através do seu voto, em 2004, o nosso Povo confiou a mim e à FRELIMO o papel de liderá-lo na materialização dessa agenda nacional de luta contra a pobreza. Como nós, o nosso povo sabe que o direito de não sermos pobres é nosso direito, como o direito à independência e à Paz.
Em respeito e saudação a esse voto popular de aderência a essa agenda, lideramos, em 2005, o processo de agradecimento dessa confiança e reafirmamos que iríamos cumprir com as nossas promessas eleitorais. E cumprimos, caros compatriotas!
Porque a FRELIMO e eu próprio temos uma grande admiração por este nosso maravilhoso Povo, a maior riqueza desta Pátria de Heróis, instituímos a Presidência Aberta e Inclusiva que se replica a outros níveis de governação.
- Através deste método de governação abrimo-nos e recebemos muitos conselhos sobre como realizar a nossa vontade individual e colectiva de não sermos pobres;
- Através deste método levamos os nossos gabinetes para junto do nosso Povo para se pronunciar sobre o nosso desempenho, denunciar desvios do compromisso e reafirmar o seu apoio à nossa agenda, à sua agenda.
- Através deste método de governação, a FRELIMO, o Presidente da República e o nosso heróico Povo transformaram-se num único corpo, nesses milhões de braços que, gradual mas resolutamente, estão a empurrar a pobreza para o mesmo abismo onde se encontra a dominação estrangeira e a guerra do passado.
Como estamos a vencer este flagelo chamado pobreza? Alguém pode perguntar. E nós respondemos:
- Reforçando a nossa auto-estima, o orgulho de sermos moçambicanos;
- Consolidando a Unidade Nacional, a cultura de paz e a democracia multipartidária;
- Registando sucessos no combate contra os obstáculos ao nosso desenvolvimento, entre eles o burocratismo, o espírito de deixa andar, a corrupção e o crime bem como contra as doenças endémicas;
Estamos a vencer a pobreza:
- Envolvendo mais os moçambicanos, através da descentralização e dos Conselhos Consultivos;
- Construindo mais escolas, incluindo as escolas profissionais, todos eles, centros de preparação dos nossos jovens para os desafios da luta contra a pobreza;
- Construindo e equipando mais unidades sanitárias, incluindo maternidades;
- Iluminando mais localidades desta Pérola do Índico, através da energia da nossa Cahora Bassa;
- Construindo mais fontes de água;
- Reabilitando muitas estradas, pontes e linhas-férreas e introduzindo mais meios de transporte públicos: terrestres, ferroviários, aéreos e marítimos;
- Garantindo os 7 milhões de Meticais aos distritos para produzirem mais comida e gerarem mais postos de trabalho;
- Consolidando as nossas relações com outros povos e países e reforçando o prestígio de Moçambique na região e no mundo.
Isto a nível institucional. Mas também há resultados que os nossos compatriotas registam nesta luta contra a pobreza e deles se orgulham. Por exemplo:
- Quando todos os dias têm certeza sobre onde irão obter a próxima refeição;
- Quando constroem casas próprias espaçosas, com divisões e janelas amplas, usando tijolo queimado;
- Quando adquirem uma bicicleta, motorizada ou viatura;
- Quando ligam a sua casa à energia eléctrica;
- Quando passam a ter água canalizada;
- Quando o seu auto-emprego gera mais rendimentos e se expande para empregar outros moçambicanos;
- Quando aumentam as suas áreas de cultivo, a sua produção e produtividade;
- Quando, enfim, esse nosso compatriota passa a acreditar que a pobreza que lhe flagela pode acabar. Que para ela acabar depende dele próprio. Que depende do seu próprio trabalho e iniciativa, em primeiro lugar.
Como tem sido reafirmado nos nossos comícios populares e em debates nos órgãos da comunicação social e mesmo na minha página na internet, estas realizações, mesmo dentro do fórum familiar, beneficiam, em grande medida, os nossos jovens.
- São os jovens que constituem a faixa maioritária nas nossas escolas, incluindo as profissionais e universidades.
- São os jovens que constituem a maioria dos moçambicanos que se beneficiam dos resultados das reformas no sector público, reformas essas que atraem mais investimento, público e privado, importantes factores de geração de emprego.
- Enfim, são os jovens que constituem a faixa etária que mais se beneficia dos resultados da nossa Agenda Nacional de Luta contra a Pobreza. Nós sabemos que as necessidades dos nossos jovens não se limitam apenas ao emprego e à habitação. São múltiplas e com os jovens, na cidade e no campo, temos estados a resolvê-los e com eles continuaremos a resolvê-los, como demonstram os resultados já obtidos da nossa parceria com a Geração da Viragem.
Compatriotas
Nestes quase 5 anos do nosso mandato, Moçambique continuou a mudar para o melhor. A FRELIMO e eu próprio ganhamos uma valiosa experiência para continuarmos a lidar com os desafios que a luta contra a pobreza impõe ao Povo Moçambicano. Reconhecemos, por isso, que há ainda muito por fazer. De igual modo, os meus concidadãos, nos comícios e nos debates públicos, ao mesmo tempo que celebram estas nossas conquistas e as suas conquistas individuais, recordam-nos ainda que há manifestações da pobreza que importa que se lhes prestem atenção.
Em sinal de que a FRELIMO e eu próprio somos vistos como o veículo que vai levar o nosso Povo a materializar essas suas aspirações, os nossos compatriotas trazem-nos propostas concretas do que devemos incluir no próximo programa quinquenal. Assim, e para honrar essa confiança, a FRELIMO e eu próprio:
- Vamos continuar a consolidar a Unidade Nacional, a Paz e a Democracia;
- Vamos assegurar a continuidade da luta contra a pobreza e a promoção da cultura de trabalho e a alocar os 7 milhões e a encorajar mais jovens da Geração da Viragem a descobrirem no conhecimento que detêm um recurso gerador de riqueza e de criação do seu bem-estar, um recurso que muito bem complementa o que lhes pode vir de terceiros;
- Vamos dar continuidade à boa governação e à cultura de prestação de contas, consolidando a experiência da Presidência Aberta e Inclusiva e assegurando crescente, e cada vez mais dinâmico envolvimento do nosso Povo no processo de tomada de decisões, através dos Conselhos Consultivos e da descentralização;
- Vamos prosseguir com acções para o reforço da nossa soberania;
- Vamos continuar a reforçar a cooperação internacional.
Quem não sabe para onde quer ir escolhe qualquer caminho que lhe apareça pela frente. Nós sabemos para onde queremos ir. Conhecemos o caminho que para lá nos há-de levar. Nós sabemos para onde queremos levar estes 20 milhões de moçambicanos. A FRELIMO e eu próprio já demos provas de que quando prometemos cumprimos. Neste contexto e neste showmício, gostaríamos de reiterar:
- Que todos os que têm direito, devem afluir aos locais de votação no dia 28 de Outubro;
- Que assumam isto como a sua prioridade desse dia e se necessário, pernoitar o mais perto possível dos locais de votação ou acordar muito cedo para serem os primeiros a votar.
Votando, não passarão pela incómoda experiência de terem que se justificar perante os vossos cônjuges, filhos e outros familiares, amigos e colegas, por não terem votado. Não sofrerão, nos próximos 5 anos, com o peso da consciência, com os remorsos de não terem contribuído para que a FRELIMO e o seu Candidato atingissem percentagens de votação mais elevadas ainda.
Queremos recordar a todos os nossos compatriotas que não basta que gostem da FRELIMO e do seu Candidato, como reafirmaram aqui, para triunfarmos no dia 28 de Outubro. É preciso ir depositar o voto na urna. Votar é um acto pessoal e intransmissível.
Ninguém pode votar em nome de um outro moçambicano. Que cada moçambicano se sinta orgulhoso de exibir o seu dedo tingido com a tinta indelével e, sobretudo, por ter votado bem. Por isso, meus compatriotas, e como já nos convenceram, mesmo neste showmício, que o moçambicano gosta da Maçaroca e do Batuque, exortamos a todos e a cada vós para que, no dia 28 de Outubro:
- Vote na FRELIMO;
- Vote em mim, Armando Emílio Guebuza.
- Povo Moçambicano unido do Rovuma ao Maputo Hoye!
- População da Província de Nampula Hoye!
- Munícipes da cidade de Nampula Hoye!
- Província de Nampula Hoye!
Muito obrigado pela vossa atenção!