29/01/2010

O Nosso Compromisso - O Comentário que se Impõe


A qualidade e pertinência das contribuições e conselhos que nos têm dado merecem os nossos mais elevados encómios. De igual modo, saudamos os muitos internautas que têm visitado esta página e que depois partilham as nossas e as suas ideias com outros seus pares de forma directa ou através dos seus blogs.
Em cada uma das vossas postagens na nossa página, lemos o olhar atento e crítico do moçambicano, o seu aguçado patriotismo e a sua insofismável pré-disposição para fazer a sua parte nesta luta contra a pobreza. Isto agrada-nos, sobremaneira. Particularmente porque a grande maioria é constituída pelos jovens da Geração da Viragem, os jovens que, apoiando-se nas gerações anteriores e no seu potencial de heroicidade, têm a missão de levar de vencida a pobreza nesta Pátria de Heróis.
Quer nos comentários sobre a abordagem que fazemos à problemática da pobreza urbana, quer nos que são feitos em relação ao nosso discurso de tomada de posse, sentimos um forte compromisso da Geração da Viragem de assumir maior protagonismo na luta que travamos contra a pobreza. Na verdade, mais do que assumir que “a identificação do problema é meio caminho para a sua resolução”, como dizia um dos internautas, muitos dos que intervieram deixaram claro que são eles e todos os outros moçambicanos que devem construir esta Pérola do Índico. Saudamos este compromisso.
Sobre o tema que aborda a pobreza urbana, gostaríamos de destacar que os resultados que logramos nos distritos no quinquénio passado dão-nos certeza de que também no meio urbano podemos reduzir os índices deste fenómeno. Participando neste debate, um dos internautas disse que “Se me fosse pedido para resumir o seu texto, numa palavra, eu diria: organizai-vos”. Foi isso que aconteceu no campo e é isso que propomos para as cidades e vilas porque, como dizia um outro internauta, “é necessário, senão fundamental que as pessoas trabalhando em diversos sectores (a) se profissionalizem, (b) agrupem-se em associações e (c) aprimorem os seus conhecimentos sobre a legislação laboral para daí tirarem melhor proveito”.
O nosso Governo vai inscrever este desafio na sua agenda, a agenda de todos os moçambicanos. Temos certeza de que cada um de vós, caros compatriotas, vai abraçar este desafio com o mesmo entusiasmo com que comentou sobre este e os outros temas que foram aqui postados.
Quanto ao discurso de tomada de posse queremos agradecer os comentários e os elogios que nos endereçaram. Nós vamos, como Governo, fazer a nossa parte para que as nossas promessas eleitorais sejam cumpridas com a qualidade e a celeridade que merecem. Mas a nossa luta contra a pobreza só vai ter sucesso se contar com o empenho de todos os moçambicanos na sala de aulas, no laboratório, na machamba, no mercado, na empresa, na repartição, na unidade sanitária ou policial, na cooperativa ou na associação, em todo o lado. Vai ter sucesso através da contínua adopção da atitude que promova a nossa auto-estima e o bom nome desta Pérola do Indico no seio da Comunidade de Nações. Nós temos talento, mãos dextras e recursos capazes de nos catapultarem para esse bem-estar que todos almejamos. Por isso, concordamos com o internauta que, interpretando o sentimento dos seus pares e de outros moçambicanos, enfatiza que é preciso “cultivar a cultura de trabalho como forma de abandonar a cultura de mão estendida. Espero que a geração da viragem tenha entendido muito bem esta mensagem”.
Quanto às questões pontuais que foram colocadas gostaríamos de dizer que elas vão merecer a devida resposta porque, felizmente esta página é também visitada pelos dirigentes do nosso Estado, aos diversos níveis.
Finalmente agradecemos as mensagens de carinho e de encorajamento que postaram nesta página, por ocasião do nosso dia especial, o dia 20 de Janeiro.
Continuamos a aguardar por mais conselhos e comentários, que em catadupa tem inundado esta página. Aliás enquanto comentávamos estas postagens, outras estavam a entrar sobre as quais teceremos considerações mais tarde.

Armando Emílio Guebuza
(Presidente da República de Moçambique)

8 comentários:

  1. Obrigado Sr Presidinte por este comentário tão esclarecedor. Estamos juntos.

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  2. Senhor presidente,

    Mais uma vez, encoraja-me saber que os comentários são (atentamente) acompanhados. Prova disto é o presente 'post'. MAS, para mim, bastou o esclarecimento no 'post' sobre a toponímia.

    Há coisas neste país que me encorajam muito. Uma delas é a imagem que tenho da pessoa do Senhor Presidente. TODAVIA, OUTRAS HÁ QUE ME FAZEM SENTIR-ME REVOLTADO. É o caso da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. A titulo de exemplo, o(a) meu(inha) superior hierarquico(a) toma uma decisao que acho ILEGAL e digo a ele(a) que vou recorrer as instâncias superiores, a que ele(a) responde: "vai!" - como se estivesse a dizer que "as pessoas com que vais falar são amigas minhas e jamais decidiram ao teu favor". Isto faz sentir-me estúpido; como se não estivesse numa república, mas sim na propriedade do(a) meu(inha) CHEFE-TODO(A)-PODEROSO(A).

    INDO AOS FACTOS, a Directora duma Escola Secundaria (que ostenta o nome do Senhor Presidente), esposa do Administrador dum Distrito em Sofala, no fim do ano lectivo passado, mandou os professores atribuirem notas aos alunos aleatoriamente. Pretendia ela elevar o "Bom Aproveitamento" de cerca de 20% para, no mínimo, 50%. Nem houve acta deste procedimento. O Adjunto-Pedagógico, perante a ilegalidade, recusou-se a colaborar. Num outro episódio, alguns membros do partido FRELIMO trouxeram uma lista duns alunos que deviam passar a qualquer custo. Com estes e outros cenários desagrádaveis, o Adjunto-Pedagógico requereu a renúncia do cargo, que foi aceite num despacho assinado pelo Administrador. ADEMAIS, o Adjunto-Pedagógico, agora um simples professor, FOI RETIRADO DA ESCOLA PARA IR TRABALHAR NUMA OUTRA QUE DISTA A CERCA DE 50Km. O professor suspeitou que tivesse havido mao da Directora nisso - facto que ela ousadamente confirmou. O professor disse-lhe que ia meter recurso e ela disse "vai!"...

    ASSIM, O DESTINO DOS CIDADÃOS QUE NÃO TÊM "COSTAS-QUENTES" E "LAMBER-BOTAS"?

    PS: Tanto a Directora como o Adjunto-Pedagógico não tem nomeação (ela por não reunir requisitos), por isso que, para além do salário, não recebem nada pelo cargo de Chefia.

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  3. Eurico...

    Deves ver a realidade do teu país, sabes! Este é o teu país real! A lei de passagem automática no ensino primário, a corrupcao desmedida e descontrolada no sector público, o clientelismo político, o medo e terror instaurado pelos nossos dirigentes ao pacato cidadao que nao tem escolha, senao "lamber-botas"...

    Se eu hoje vou a um distrito e digo que o Camarada X ou Y (alta patente da Frelimo), me orientou para este ou outro efeito, a ordem será cumprida! Ninguém se dará ao trabalho de verificar a legitimidade e/ou legalidade da orientacao! APENAS VAI CUMPRIR A ORIENTACAO SUPERIOR... a verdade é que Mocambique é um país de puxa-sacos, lambe-botas e covardes...

    Eu honestamente estou muito desapontando com este governo (nao sei sé é meu também), mas é o governo da "Pérola do Índico" que nao conseguiu dar condicoes mínimas a seleccao nacional e hospedou os mambas num hotel de 2 estrelas em um canto qualquer em Lobito, sendo que a dieta era também 2 estrelas e o equipamento da seleccao nacional lavada a mao por uma mamana qualquer, sem qualquer respeito e consideracao... Mas como voces esperam que o combinado nacional faca milagres e passe para outras fases, ou mesmo, seguindo a ilusao do Vice-ministro da Juventude e Desporto, segundo ele " A TACA AFRICANA É NOSSA", e depois fazem isso??? Justificacao: as duas guerras (a colonial e a civil) deixaram o país sem recursos, porém na campanha eleitoral, o candidato da Frelimo se fazia deslocar por Helicópteros (qual Obama dos pobres), a um custo superior a 27 milhoes de meticais... segundo relatórios de contas, o Presidente de Mocambique recebe 1/7 do que recebe o Presidente da Africa do sul, com a diferenca de que o que a Africa do sul produz em 1 semana, Mocambique produz em um ano... ou seja, o país é pobre, apenas o Presidente e seus camaradas da Frelimo sao ricos. E depois falam de auto-estima, toponímia, empreendedorismo... falácia oca!!!

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  4. "sentimos um forte compromisso da Geração da Viragem de assumir maior protagonismo na luta que travamos contra a pobreza."

    Senhor Presidente,

    Existe no seio da Juventude Mocambicana um sentimento de que existe no fundo do tunel um reconhecimento de que a Juventude pode e deve participar activa e efusivamente no processo de busca de alternativas ao desenvolvimento nacional.

    No entanto, e necessario fazer um pouco mais, para que a Geracao da Viragem possa apropriar-se quer da sua "causa" assim como na criacao de uma consciencia nacional para o alcance do desiderato que se pretende.

    De forma geral, podemos assumir que existem varios sinais isolados que V.Excia enviou, mais que carecem de ser esmiucados por todo um conjunto de segmentos sociais que tem por seu lado obrigacao de dar a sua contribuicao para construcao da Geracao da Viragem. Algumas das ideias que se avancam tem estado a ser discutidas em noainacio.blogspot.com e esperamos que possam servir no nosso e vosso esforco de Governacao Inclusiva tendo a JUVENTUDE como pilar desse desiderato.

    ESTAMOS JUNTOS

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  5. Sua Excelencia Senhor Presidente. Muito Obrigado pelos comentários e esclarecimentos. Estamos juntos!

    Celso Gusse

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  6. Senhor Presidente
    Os meus parabéns.
    Desejo o maior sucesso na governação de Moçambique para bem de todos.

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  7. trilho o mesmo caminho prabens s.Excia o presidente da Republica

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  8. Senhor Presidente,

    Permita-me usar este espaço para felicitar o partido de que é membro por ter decidido participar em campanhas de prevenção da cólera no nosso país. Gesto inspirador!

    De igual modo, permita-me manifestar o meu desconcerto relativamente à integração de jovens graduados, no ano passado, como professores. Aliás, preocupa-me a NÃO-INTEGRAÇÃO de alguns. O ano lectivo começou e esperava vê-los em suas respectivas escolas, mas não. Estão nas ruas desnorteados. Eu NUNCA TINHA IMAGINADO que houvesse problema de falta de vagas para professores neste vasto Moçambique. Na verdade, há vagas - pelo menos nalguns casos - mas dizem (alguns graduados) que se lhes exige dinheiro de suborno. Os que não têm (cerca de) 4000Mt estão na rua desnorteados...

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